Heart of the Swarm
Gênero: RTS/RPG
Fabricante: Blizzard
Distribuidora: Blizzard
Eis que após pouco mais de 2 anos depois de Wings of Liberty a Blizzard lança a continuação de sua saga espacial Starcraft 2. Hoje irei falar justamente de Heart of the Swarm.
Antes de falar sobre o jogo em sí, vou fazer um pequeno review da história da personagem principal dessa expansão, Sarah Kerrigan. Ela surgiu ainda no primeiro Starcraft como uma agente Ghost altamente treinada, na verdade, uma das melhores senão a melhor. Durante uma missão de testes com Zergs onde Mengsk tentava controlá-los através de um dispositivo que usava energia psiônica, Kerrigan começa a ter problemas. Protoss surgem para eliminar os Zergs e repentinamente os Zergs saem de controle e começam a destruir tudo pelo caminho. Mengsk ordena imediata evacuação, mas abandona Kerrigan no planeta mesmo com Raynor o enfrentando de frente mandando que voltem para resgatá-la. Kerrigan, sem poder fazer nada contra um exército Zerg inteiro, simplesmente se rende e eis que eles a transformam na conhecida Queen of Blades e após a morte da Overmind, ela se torna a líder dos Zergs em Broodwar.
Após os eventos de Wings of Liberty, Jim Raynor consegue salvar Kerrigan e a transforma novamente em um ser humano (ou quase... pelo menos ela não tem de ir no cabeleireiro), mas antes de libertá-la ao mundo novamente, Valerian, filho de Mengsk e quem ajudou Raynor em sua missão, quer fazer testes com ela para garantir que ela não tem mais poderes tão ilimitados quanto antes e que não é mais uma ameaça ao mundo. E é aqui que a campanha começa.
Primeiramente, coloquei ali em cima que o gênero tem RPG, mas não se preocupem porque o jogo continua sendo estratégia. O RPG está ali por causa das mudanças feitas na campanha, onde Kerrigan funciona como uma unidade Herói, algo similar ao que ocorria nos jogos "Warcraft 3 Reign of Chaos" e sua expansão "The Frozen Throne". Ou seja, ela é uma unidade que você sempre vai estar usando para passar pela campanha e comandar seu exército e é ela que vai ganhar experiência e ganhar habilidades conforme seu level aumenta. A customização RPG é só isso ^^.

A campanha consiste de missões, assim como foi em Wings of Liberty, e você pode escolher qual missão quer realizar antes da outra. Conforme você avança pela campanha vai habilitar novas unidades e outro fator interessante é que também vai habilitar novas EVOLUÇÕES para algumas de suas unidades. Vou citar dois exemplos de evoluções que achei as mais bacanas: você pode evoluir seu Zergling para eclodir quase instantaneamente e gerando 3 novos para cada larva ou fazer ele criar ASAS e pode subir lugares que ele não teria acesso normalmente (como um Reaper Terran) e com isso ter mais opções de como e por onde atacar seu inimigo; a outra evolução que achei bacana foi dos Ultralisk onde você pode escolher muní-los com veneno o que faz com que eles ganhem um ataque extra que envena unidades próximas causando dano por tempo ou você pode evoluí-los para serem "semi imortais", pois quando morrem retornam a uma forma de casulo e após alguns segundos você tem um Ultralisk fullhealth e pronto pra matar e destruir mais coisas.

As missões ficaram mais variadas e menos enjoativas do que na época do primeiro Starcraft (invada o local, pegue os dados e saia vivo). Isso foi uma boa mudança.
Mas as maiores mudanças nessa expansão vieram na parte pós-campanha. O multiplayer foi modificado em vários pontos para encorajar os players que não são fã do multiplayer (ó eu aqui) em jogá-lo e continuar a se divertir com o jogos fora da campanha. As mudanças aqui foram imensas e quando digo imensas é que foram MUITAS mesmo.
Quando o jogador termina a campanha existe o modo "Matchmaking". A Blizzard pensou e criou um modo de jogo de multiplayer chamado "Training" para literalmente ensinar o básico do jogo fora da campanha para que o jogador comece a se acostumar e aprender como é jogar contra um outro player ou contra o computador e tem 3 níveis de aprendizado.
Além do "Training" você pode escolher jogar contra o computador no modo "Versus A.I.". Aqui você vai jogar 3 partidas contra o computador e o jogo vai definir seu nível conforme essas partidas e você pode jogar contra o computador até quando quiser ou se sentir confiante para desafiar alguém.
Quando se sentir pronto, o modo "Unranked" vai procurar jogadores com o seu nível aproximado de jogo e pronto, agora você tem um adversário real para jogar.
Quando estiver realmente preparado e já se sentir pronto a desafiar os mais adeptos do multiplayer, as partidas "Ranked" é o seu novo local de jogo. Aqui suas partidas são pontuadas e você começa a fazer parte do ranking oficial da Blizzard. Aqui é onde o bicho pega.
Além do "Matchmaking" o jogo conta com o "Custom games" onde você pode jogar com pessoas de qualquer nível ou contra o nível que escolher da A.I. em um mapa que você escolher, o modo "Arcade" onde você pode escolher mapas customizados e que não necessariamente são para ser jogados de modo normal (por exemplo, aqui é onde você encontra mapas de modo "Tower Defense" e outros mapas de estilo de jogo diferente) e por fim os "Replays", onde você pode assistir aos seus replays sozinho ou com outras pessoas e pode assumir o controle de qualquer um dos lados a hora que quiser, podendo continuar a jogar a partir de um replay.
Outra coisa que tenho que falar do modo multiplayer é que algumas unidades tiveram mudanças que eu achei muito bem vindas, como por exemplo os "Siege Tank" que agora já saem de fábrica podendo entrar em modo Siege sem que você tenha que fazer o research dele no "Tech Lab". Não vou comentar de todas porque isso não vem ao caso, mas as mudanças foram boas. Isso foras as novas unidades.
Para incentivar os jogadores a jogar o modo multiplayer a Blizzard criou um sistema de ganho de experiência e level onde as coisas feitas no jogo te dão experiência, você vencendo ou perdendo a partida. Isso realmente é legal, porque pelo menos você sente que ganhou alguma coisa mesmo tomando uma lavada do adversáio e pode evoluir mesmo perdendo.
Achei a expansão bem divertida e que vale a pena, mas devo dizer que alguns pontos na história são muito, muito decepcionantes. Um ponto que posso citar sem fazer nenhum spoiler é a aparição do Zeratul. Enquanto em Wings of Liberty ele aparece para o Raynor e explica sobre os híbridos, a ameaça que eles são para o universo e que alguém está por trás disso e faz você participar dessa visão dele, em Heart of the Swarm ele aparece, apanha, conversa e acabou. Não tem missão com ele ou com os Protoss e nem nada, ele simplesmente fala uma frase ou outra e some.
O final é outro ponto que não me agradou. Ficou uma coisa muito idiota o que acontece no final. A própria missão final é meio controversa depois de um ocorrido na campanha.
No geral a minha opinião sobre Heart of the Swarm é que o jogo continuou muito bom, assim como Wings of Liberty, e tem um apelo maior pelo multiplayer e realmente te incentiva a aproveitar o conteúdo do jogo que é esse mesmo, mas mesmo que você queira jogar somente a campanha, também é muito válido. Conteúdo single player não é dos maiores, porém, para conseguir todos os achievements do jogo você vai perder algumas boas horas pensando em estratégias e um detalhe: a Kerrigan tem achievements próprios que não são listados =P
Recomendo o jogo para qualquer fã da série o/