Introdução
Dragon Age II é uma sequência direta do premiado Dragon Age: Origins. Com novidades como protagonista com voz, árvore de diálogos semelhante a de Mass Effect e combate mais focado na ação. A grande dúvida é: Dragon Age II é superior ao seu antecessor? Bom, vamos descobrir.
História 8,5
A forma na qual a história é apresentada ao jogador é bem diferente do Origins. Em Dragon Age II a história é narrada pelo anão Varric. Ele conta a história de Hawke, refugiado de Lothering que ao longo de 10 anos se tornará Campeão de Kirkwall, o epicentro de eventos que mudarão o rume de Thedas.
De forma mais especifica, você começa o jogo fugindo de Lothering e dos Darkspawn. O período entre o primeiro e segundo ano é onde ocorrem os eventos do Origins e o héroi de Ferelden destrói o Archdemon.
No geral a história é boa, os personagens são profundos e as conversas entre eles fornecem um necessário alivio cômico. Caso você se atrele apenas as quests necessárias, você irá perder muito do conteúdo e profundidade do jogo.
Vale a pena mencionar o fato de Dragon Age II ter uma história mais forte que o primeiro. Com mais mortes importantes e momentos que você soltará um “OMGSÉRIOISSO?!”. Mas há também momentos forçados de mais, desnecessários (dos quais não mencionarei nenhum pra não dar spoilers).
Apesar de serem dez anos acompanhando Hawke, a história me parece muito mais linear e limitada que o Origins (que, teoricamente dura pouco mais de 1 ano). Esperava muito mais conteúdo que “mimimi” entre mages e templars.
Jogabilidade 9,0
Essa foi a principal, se não única, evolução do primeiro para o segundo. Em Dragon Age II o combate parece com... com combate. As lutas são mais dinâmicas e movimentadas, os personagens são mais animados. A ação também é o foco aqui.
Para os fãs mais puristas que se perguntam “E a estratégia?”. Bom, ela está presente seguindo o mesmo esquema de DA:O, pausando a luta você pode passar instruções para cada um dos personagens em combate. Você ainda pode melhorar as ações autônomas dos personagens através de ajustes em táticas especificas, como tomar uma poção de health se o HP estiver abaixo de 25%.
Houve mudança nos diálogos também. O sistema de Mass Effect foi emprestado e o que temos é a mesma avore de diálogos. Apesar de ser menos confusa que a árvore de ME, é chato ver uma desenvolvedora como a Bioware limitando seus jogos.
Gráficos 8,0
DAII é muito bonito, muito mais bonito que seu antecessor. O visual é mais estilizado, dando um diferencial que acaba saindo do comum, muito presente no Origins. Desse modo os personagens tornaram-se mais únicos, tanto em visual quanto em personalidade.
Um ponto negativo (prova que um ano e meio de desenvolvimento é pouco) é a repetição de cenário. Tem-se a impressão de que entramos sempre na mesma caverna, mesma casa, mesma praia, etc. O fato de passarmos 10 anos na mesma cidade, entrando nas mesmas casas e cavernas acaba por tornar o visual meio repetitivo.
Devido a citada estilização do jogo, ouve necessárias mudanças nas raças. Humanos e anões continuaram basicamente a mesma coisa, agora elfos e qunaris foram totalmente remodelados e devo dizer, ficaram muito melhores.
Som 8,5
O som continua muito bom. Trilha sonora pega muito emprestado de DA:O. Durante as lutas, os sons das laminas cortando os corpos, as bolas de fogo explodindo e o urro de um dragão tornam o ambiente de fantasia mais épico.
O trabalho de dublagem segue a tradição e mantem-se acima do nível. É muito bom ter um protagonista falante, não um manequim assustado. Tanto a voz feminina quanto a masculina fazem um bom trabalho. Nota-se também uma variedade de sotaques diferentes, mostrando a preucupação em mostrar que Tedas é um mundo vasto, com culturas e línguas diferentes.
Valor
Apesar de inferior, Dragon Age II ainda é um jogo divertido que faz bom proveito da mitologia criada pela Bioware.
Mas, vale a pena jogar?
Se você gostou de Dragon Age: Origins, com certeza.
É fã hardcore? Então talvez só por estar escrito “Bioware” na caixinha.
Não gostou? Pode ser a hora de dar uma nova chance, já que o jogo mudou muito.
Não gostou, mesmo? Então vai jogar Call of Duty!
Ponto Forte
Com certeza o combate é o ápice do jogo. São mais inimigos para serem dilacerados, são mais skills e mais sangue! Se você não gosta da ação, suba a dificuldade e divirta-se com táticas e estratégias.
Geral – 8,5
O melhor
- Combate refeito e melhorado
- Protagonista com voz
- Visual estilizado
O pior
- Cenários repetidos
- História mais linear
- Awkward “sex” scenes...
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